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Regulação da IA: esperança ou ilusão?

Muito se fala que a regulação será o “freio” necessário para conter os riscos da inteligência artificial.

Mas será mesmo?

O discurso dominante reforça a esperança na regulação como solução para os efeitos adversos da IA.

Só que a realidade política e social aponta para um caminho mais complexo.

Onde está a regulação hoje?

• O Senado entregou uma proposta (PL 2.338/2023), fruto de uma comissão de juristas.

• A Câmara respondeu com uma nova Comissão Especial, com previsão de trabalho até dezembro de 2025.

• Resultado: Debate real? Só depois de 2026 — ano eleitoral.

• E regulação efetiva? Talvez em 2027… se tanto.

• A regulação sozinha não salva. E nunca salvará.

• A IA se integra à nossa vida em ritmo acelerado.

• O sentimento de dependência cresce.

• Tirar um app ou função do usuário pode parecer violação de direitos.

A promessa de que o Direito dará conta de tudo é… uma mistificação.

IA não é só um tema jurídico. É fenômeno metajurídico.

• Aceitação ou rejeição da IA é comportamento social, não jurídico.

• Viés algorítmico não é “erro jurídico” — é reflexo da própria natureza humana.

• O Direito não neutraliza vieses, a ciência do comportamento tenta.

E o impacto no trabalho?

• A simples criação de normas não vai proteger empregos.

• O desafio é econômico e social: exige políticas públicas de requalificação.

• O Direito, sozinho, não dá conta. E nem deve tentar.

• IA aumenta capacidades, mas também desafia o controle humano.

• Agentes inteligentes já tomam decisões complexas, aprendem, se adaptam.

• A confiança cega (ou o medo de discordar da IA) cria riscos invisíveis.

• A regulação pode ajudar. Mas não resolve tudo.

• Acreditar na regulação como “redenção” é… uma falácia.

• Usar IA envolve um trade-off de riscos e benefícios. E essa avaliação é feita por indivíduos e coletivos, em constante mutação.

• A regulação não define sozinha o que é aceitável. A sociedade sim.

E o Direito nisso tudo?

Como na canção de Chico Buarque, o Direito, tantas vezes acusado de ineficaz, é agora chamado a “salvar o dia”.

Mas quem conhece a música sabe: “Depois da missão redentora, vem o retorno à crítica.”

Talvez seja hora de os juristas reconhecerem que, diante da IA, não há salvador possível — nem mesmo o Direito.

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