Valorizar o agronegócio e as atividades indígenas, conciliando os interesses de cada parte e identificar o que há em comum entre elas é capaz de tornar o Brasil um exemplo no setor.
O agronegócio é a principal força que sustenta economicamente o País.
Os indígenas representam um ativo econômico para o Brasil, uma vez que são reconhecidos internacionalmente como capazes de manter as florestas preservadas graças ao seu modo de vida – quesito que interfere na balança comercial,
De acordo com uma norma recente, editada em conjunto pelo Ibama e pela Funai, passa a ser possível que organizações mistas, compostas com indígenas e não indígenas, ocupem terras para plantio. Assim, fazendeiros podem criar vínculos de parceria com os indígenas.
Um exemplo disso vem do Xingu. Eles criaram um projeto chamado Rede de Sementes do Xingu, que otimiza a cadeia produtiva das sementes florestais. Dessa maneira foi possível aumentar a produção em até 50% e melhorar a cadeia econômica dessas comunidades. O projeto foi reconhecido com o prêmio internacional Ashden Awards 2020, que celebra soluções climáticas pelo globo e as sementes são enviadas para um banco de sementes da Noruega.
Ainda nessa rede, há um trabalho feito pela população mato-grossense que é a coleta, beneficiamento e armazenamento de sementes da floresta. Isso pode garantir a preservação de sementes crioulas para a posteridade e são úteis ao agronegócio, em modelos de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta.